Máscaras N95: As Principais Dúvidas Técnicas sobre as Máscaras Descartáveis de Proteção Respiratória

Máscaras N95: As Principais Dúvidas Técnicas sobre as Máscaras Descartáveis de Proteção Respiratória

No momento atual de pandemia e preocupação com a saúde, um assunto que tem gerado muitas dúvidas são as máscaras descartáveis para proteção respiratória.

Principalmente os modelos chamados “máscara N95” têm sido amplamente divulgados, mas ainda existem muitas informações conflitantes sobre o tema. Como já trabalhamos comercializando esses respiradores, escrevemos este artigo para ajudar a sanar dúvidas técnicas dos profissionais de saúde sobre eles.

 

1. OS MODELOS DE RESPIRADORES INDICADOS PARA USUÁRIOS   PROFISSIONAIS DA ÁREA MÉDICA NO BRASIL E NOS EUA

Máscara N95

Nos Estados Unidos, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) é a agência responsável pela proteção da saúde pública e por indicar produtos para a área médica.

Lá, eles adotaram o filtro N-95 para ser utilizado pelos profissionais da saúde contra bioaerossóis (partículas biológicas presentes no ar, como fungos, vírus e bactérias), atendendo aos critérios da norma Niosh 42 CFR 84.

Ressaltamos que o CDC indica que médicos, enfermeiros e funcionários em geral que entram em contato com áreas e/ou pessoas onde haja riscos de contágios por bioaerossóis, utilizem respiradores aprovados contra bactérias, incluindo a Mycobacterium Tuberculosis.

O CDC entendeu que o critério utilizado até então para testes de respiradores, o de BFE (Bactéria Filtration Efficiency), era um método muito demorado, já que utiliza culturas de bactérias.

Por isso passaram a recomendar a série “N”, que utiliza o cloreto de sódio (NaCl), sendo mais preciso, rápido e barato, assim mais eficiente que 99,9% do BFE.

Como no Brasil não temos legislação especifica, recomenda-se a adoção de normas internacionais, logo o porque da difusão das indicações do CDC junto aos profissionais da saúde.

 

2. O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO SOBRE AS MÁSCARAS

 

  • LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

A Norma Brasileira adota o critério de testes de filtros para partículas derivado das normas europeias, classificando o seu grau de retenção (chamado de eficiência) em P-1, P-2 e P-3.

  • LEGISLAÇÃO ESTADUNIDENSE

O Niosh Standard 42 CFR 84 excluiu a partir de julho de 1998 o modelo P1, aprovando somente as máscaras N-95 (P2) e P-100 (P3).

Obs: Ambas recomendam o cloreto de sódio (NaCl) para o teste de eficiência

 

3. QUAL O MODELO DE MÁSCARA RESPIRATÓRIA MAIS EFICIENTE?

 

A Eficiência é expressa pela penetração ou retenção de um particulado padrão. Ou seja, um filtro com a eficiência mínima de 80% permite uma penetração máxima de 20%.

Norma Brasileira – NBR 13697

Norma USA – Niosh 42 CFR 84

Classe

Eficiência

 Teste

Classe

Eficiência

 Teste

P-180%NaClN-9595%NaCl
P-294%NaClN-9999%NaCl
P-399,97%NaCl/DOPP-10099,97%NaCl/DOP

OBS: A eficiência para PFF-3 é 97%

Para ambientes hospitalares, a proteção mínima recomendada é a P2/PFF2/N95.

 

4. POR QUE SÃO CHAMADOS DE RESPIRADORES DESCARTÁVEIS?

Ao longo do tempo, convencionou-se utilizar o termo “descartável” para PFF. Na realidade, eles são protetores respiratórios classificados como “respirador sem manutenção”. São sem manutenção simplesmente por não possuírem peças de reposição.

Assim, devem ser trocados sempre que estiverem entupidos, rasgados ou furados, ou quando o utilizador estiver sentindo o cheiro dos contaminantes.

 

5. QUAL A DIFERENÇA ENTRE P2, PFF 2 e N95?

 

  • P2: Quando se tratar de um pré-filtro para ser utilizado com um respirador.
  • PFF-2: Peça Facial Filtradora, quando a peça facial e o material filtrante são do mesmo material. Ou seja, são os respiradores descartáveis.
  • N95: É a terminologia utilizada pela Niosh (USA), cuja equivalência no Brasil é PFF 2 ou P2. Logo, qualquer um dos três nomes expressam o mesmo grau de proteção e estão indicados contra bioaerossóis.

 

6. QUANDO UTILIZAR RESPIRADORES COM VÁLVULA DE EXALAÇÃO?

São encontrados no mercado respiradores PFF 1, PFF 2 e PFF-3 (P1, P2 e P3) com ou sem válvula de exalação.

Seu grau de proteção é o mesmo, a principal diferença é que a válvula traz conforto ao usuário, pois facilita a respiração permitindo a saída do ar exalado. Além disso, a válvula também aumenta a vida útil do filtro.

 

7. QUANDO UTILIZAR O MODELO DOBRÀVEL OU O TIPO CONCHA?

 

DOBRÁVEL (Bico de Pato)

Máscara N95 Dobrável

O próprio nome do modelo indica a facilidade em armazenar e transportar este respirador em bolsos. Seu ponto fraco é a proximidade das narinas nas dobras, umidificando muito a manta nesta região. Assim, o tempo de vida útil é reduzido pela rápida impregnação de partículas, além da dificuldade respiratória.

 

TIPO CONCHA

Máscara N95 Tipo Concha

Inverte-se os pontos fortes e fracos. No modelo concha temos uma melhor distribuição da umidificação na zona de respiração. Porém, requer um maior cuidado, após o uso, no armazenamento do respirador.

 

EFICIÊNCIA

A eficiência é exatamente a mesma para os modelos concha ou dobrável.

 

Fontes

PPR (Programa Proteção Respiratória) – Fundacentro – Instrução Normativa 01
NBR 13697 – Equipamentos de Proteção Respiratória – Filtros Mecânicos
NIOSH – Niosh Guide to the Selection and Use of Particulate Respirators  (Certified Under 42 CFR 84)
NIOSH – A Respiratory Protection Guide for Health Care Workers.
MSA – Manuais e catálogos.

 

Nota: Está matéria dedica-se unicamente para fins educativos. Seu conteúdo não sugere, não aprova ou desaprova qualquer prática em particular.

 

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